Rússia destrói estação ferroviária de Fastiv em novo ataque maciço contra infraestrutura civil ucraniana

TimeCras
Roberto Farias
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Na madrugada desta sexta-feira (6), um ataque aéreo russo atingiu em cheio a estação ferroviária de Fastiv, cidade localizada a cerca de 70 km a sudoeste de Kiev. O edifício histórico — construído no século XIX e considerado um dos principais nós ferroviários da região central da Ucrânia — foi completamente destruído após ser atingido diretamente por um míssil.



Imagens divulgadas pelas autoridades ucranianas mostram apenas a estrutura metálica retorcida do telhado e pilhas de tijolos onde antes funcionava o saguão principal. No depósito anexo, duas composições de trens elétricos suburbanos foram totalmente queimadas, e várias locomotivas sofreram danos irreversíveis.


Apesar da destruição, não houve vítimas fatais na estação: os funcionários conseguiram se abrigar a tempo. Na região de Fastiv, porém, um homem de 42 anos ficou ferido por estilhaços e foi hospitalizado em estado estável.


O ataque fez parte da maior onda de bombardeios da guerra até agora, com mais de 700 projéteis — entre drones, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos — lançados contra alvos em pelo menos oito oblasts. A infraestrutura energética foi o principal alvo, mas a escolha de Fastiv, um entroncamento exclusivamente civil, chamou atenção das autoridades de Kiev.


“O inimigo sabe exatamente o que está fazendo: quer deixar os ucranianos sem luz, sem aquecimento e sem transporte no coração do inverno”, declarou o presidente Volodymyr Zelenskyy em seu pronunciamento matinal.


A Ukrzaliznytsia, empresa estatal de ferrovias, suspendeu todos os trens suburbanos na região, redirecionou dezenas de composições de longa distância e organizou transporte rodoviário alternativo. Até o fim da manhã, parte das linhas já operava em regime emergencial por rotas secundárias.


Este é o segundo ataque direto contra uma grande estação ferroviária em menos de seis meses — em junho, a estação de Kherson também havia sido gravemente danificada. A sequência reforça a percepção, entre analistas ucranianos e ocidentais, de que a Rússia passou a priorizar alvos de transporte civil como forma de pressão psicológica e logística sobre a população.


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