Em resposta às recentes violações do espaço aéreo europeu por drones e aeronaves russas, o Parlamento da União Europeia aprovou em 9 de outubro de 2025 uma resolução histórica que autoriza ações coordenadas para neutralizar essas ameaças. A medida inclui a possibilidade de derrubada de drones e aeronaves não identificadas que representem risco à segurança dos Estados-membros.
A resolução surge após uma série de incursões aéreas atribuídas à Rússia, incluindo episódios na Polônia, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Dinamarca, Suécia e Noruega. Em um dos casos, 21 drones cruzaram o espaço aéreo polonês, danificando uma residência na região de Lublin. Autoridades europeias classificaram os incidentes como parte de uma “guerra híbrida sistemática” promovida por Moscou.
Como resposta estratégica, os líderes da UE anunciaram o projeto de um “muro antidrones” — uma rede integrada de sensores, radares, bloqueadores de sinal e sistemas de interceptação. A iniciativa visa proteger o flanco leste do bloco e conta com apoio técnico da Ucrânia, que desenvolveu expertise em defesa contra drones desde o início da guerra com a Rússia.
O projeto será financiado por meio do pacote SAFE (Security Action for Europe), que prevê até €150 bilhões em empréstimos a juros baixos para reforçar a segurança continental. A implantação do sistema levará cerca de um ano, com capacidades de interceptação sendo adicionadas gradualmente.
A resolução aprovada pelo Parlamento Europeu também pede sanções adicionais à Rússia e reforça o compromisso do bloco com a integridade territorial e a soberania de seus membros. A medida é vista como um marco na política de defesa europeia e um sinal claro de que a UE está disposta a agir diante de ameaças híbridas e militares.
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