Em entrevista à emissora norte-americana Fox News, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que Israel pretende assumir o controle da Faixa de Gaza após o fim das operações militares contra o Hamas, mas sem intenção de anexar ou governar permanentemente o território palestino. Segundo ele, o objetivo é garantir a segurança de Israel e, posteriormente, transferir a administração local para uma autoridade árabe que não represente ameaça.
“Não buscamos governar Gaza. Queremos garantir que não seja mais usada como base terrorista contra nós”, declarou Netanyahu.
A proposta surge em meio à crescente pressão internacional por uma solução diplomática. França e Reino Unido já sinalizaram que podem reconhecer oficialmente o Estado Palestino caso Israel não avance em direção a um acordo de cessar-fogo até setembro. A ONU também expressou preocupação com os planos israelenses, classificando-os como “alarmantes” e potencialmente desestabilizadores para a região.
Internamente, conselheiros militares israelenses alertam que uma ocupação prolongada pode colocar em risco os reféns ainda mantidos pelo Hamas e dificultar futuras negociações de paz. Netanyahu, no entanto, insiste que a derrota total do grupo extremista é condição indispensável para qualquer transição política em Gaza.
A proposta de entregar o território a uma força árabe ainda não identificada levanta dúvidas sobre quem assumiria essa responsabilidade e como seria garantida a estabilidade local sem a presença do Hamas.
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