Oferta de Paz ou Jogo de Poder? EUA propõem acordo direto a Putin para encerrar guerra na Ucrânia

TimeCras
Roberto Farias
0

Em um movimento diplomático que surpreendeu analistas internacionais, os Estados Unidos apresentaram ao presidente russo Vladimir Putin uma proposta considerada altamente vantajosa para encerrar o conflito na Ucrânia. A iniciativa, conduzida por Steve Witkoff — enviado pessoal de Donald Trump — foi entregue em Moscou poucos dias antes de um novo pacote de sanções que ameaça ampliar o isolamento econômico da Rússia.

A proposta americana inclui pontos sensíveis e controversos:

  • Reconhecimento da Crimeia como território russo, encerrando uma disputa que se arrasta desde a anexação em 2014.
  • Aceitação da presença russa em partes das regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kherson, consolidando ganhos territoriais obtidos desde o início da invasão em 2022.
  • Suspensão temporária de ataques aéreos, como gesto de desescalada para permitir avanços diplomáticos.

Putin não aceitou um cessar-fogo total, mas indicou disposição para negociar. O Kremlin classificou a proposta como “construtiva”, embora mantenha operações militares em território ucraniano. A estratégia russa parece apostar no desgaste prolongado do conflito como forma de garantir vantagens políticas e territoriais.

Do lado americano, Trump elevou a pressão ao anunciar que países que continuarem comprando petróleo russo — como Índia, China e Brasil — poderão enfrentar tarifas comerciais. A medida visa cortar o financiamento da máquina de guerra russa e acelerar uma resolução diplomática.

A Ucrânia, por sua vez, reagiu com preocupação. O presidente Volodymyr Zelensky afirmou que qualquer acordo que não contemple a recuperação total do território ucraniano será considerado inaceitável. Kiev teme ser excluída de negociações bilaterais entre Washington e Moscou, o que poderia comprometer sua soberania.

A proposta reacende o debate sobre os limites da diplomacia em tempos de guerra. Embora represente uma possível saída para o conflito, ela também levanta questões éticas sobre concessões territoriais e o papel das grandes potências na redefinição de fronteiras.

Com o impasse ainda em curso, as próximas semanas serão decisivas. Se Putin rejeitar a oferta, os EUA prometem endurecer as sanções. Se houver avanço, o mundo poderá testemunhar o início de uma nova fase na geopolítica europeia — marcada por acordos pragmáticos e interesses estratégicos.

Postar um comentário

0 Comentários

Não deixe de comentar !!!!!!

Postar um comentário (0)

#buttons=(Ok, Go it!) #days=(20)

Usamos cookies para melhorar sua experiência. Ao continuar navegando, você concorda com nossa Política de Privacidade Confira
Ok, Go it!