A tensão entre Washington e Caracas ganhou um novo capítulo em 15 de outubro de 2025, quando três bombardeiros estratégicos B-52H Stratofortress da Força Aérea dos Estados Unidos foram rastreados realizando órbitas prolongadas a apenas 50 quilômetros da costa venezuelana, sobre o mar do Caribe. A manobra, embora tecnicamente dentro da legalidade internacional, foi interpretada como uma demonstração clara de força contra o governo de Nicolás Maduro.
Os aviões partiram da Base Aérea de Barksdale, na Louisiana, e sobrevoaram áreas próximas às ilhas venezuelanas La Orchila e Gran Roque, permanecendo por cerca de duas horas dentro da Região de Informação de Voo de Maiquetía (FIR) — espaço aéreo controlado pela Venezuela, mas que não equivale à soberania territorial.
A operação ocorre dias após o presidente Donald Trump confirmar que autorizou ações secretas da CIA contra o regime chavista, incluindo operações letais. A presença dos B-52, aeronaves com capacidade nuclear e alcance intercontinental, reforça o recado estratégico: os Estados Unidos estão dispostos a escalar sua pressão militar e de inteligência sobre Caracas.
Especialistas em segurança internacional alertam para o simbolismo da ação. “A escolha do B-52 não é casual. Trata-se de um ícone da dissuasão militar americana, e sua presença tão próxima da Venezuela envia uma mensagem inequívoca de vigilância e prontidão”, afirma o analista militar Diego Monteiro.
O governo Maduro classificou o sobrevoo como provocação e violação indireta da soberania nacional, enquanto a oposição venezuelana permanece dividida entre o apoio à pressão externa e o temor de uma escalada bélica.
A movimentação dos bombardeiros, somada à autorização de operações encobertas, sugere que a crise venezuelana entrou em uma nova fase — marcada por ações de alto risco e repercussões imprevisíveis para a estabilidade regional.
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