A Colômbia amanheceu de luto nesta segunda-feira, 11 de agosto de 2025. Miguel Uribe Turbay, senador e pré-candidato à presidência, faleceu aos 39 anos após dois meses de luta pela vida, consequência de um atentado brutal durante um comício em Bogotá.
O ataque, ocorrido em junho no bairro Fontibón, chocou o país. Um adolescente de 15 anos disparou contra Uribe enquanto ele discursava para apoiadores. O senador foi atingido na cabeça e passou por diversas cirurgias, mas não resistiu às complicações de uma hemorragia cerebral.
Uribe não era apenas uma figura política promissora — ele carregava um legado familiar marcado pela dor e pela resiliência. Neto do ex-presidente Julio César Turbay e filho da jornalista Diana Turbay, assassinada pelo cartel de Medellín em 1991, Miguel representava uma geração que buscava reconstruir a confiança na política colombiana.
Formado em Direito e com mestrado em Administração Pública pela Universidade Harvard, Uribe ocupou cargos importantes como vereador e secretário de Governo de Bogotá antes de se tornar senador em 2022 pelo partido Centro Democrático.
Sua morte reacende memórias sombrias da violência política que marcou a Colômbia nas décadas passadas. A investigação aponta para possíveis vínculos entre os autores do atentado e dissidentes da antiga guerrilha Farc, levantando preocupações sobre a segurança de candidatos em tempos eleitorais.
A vice-presidente Francia Márquez expressou pesar e reforçou que “a democracia não se constrói com balas ou sangue, mas com respeito e diálogo”. A frase ecoa como um chamado urgente à paz e à proteção das instituições democráticas.
Miguel Uribe deixa um vazio na política colombiana — e um alerta para toda a América Latina: o caminho democrático exige coragem, mas também segurança e respeito à vida.
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