Azerbaijão condena ataques russos à Ucrânia e envia ajuda humanitária

TimeCras
Roberto Farias
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Em um gesto raro e contundente, o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, condenou publicamente os recentes ataques da Rússia à infraestrutura energética da Ucrânia. A declaração veio após bombardeios que atingiram instalações da empresa estatal azerbaijana SOCAR, incluindo um depósito de petróleo e uma estação de compressão de gás que abastecia a Ucrânia com gás natural.

💥 Ataques cruzam fronteiras comerciais

Os ataques russos não apenas intensificaram a crise humanitária na Ucrânia, como também afetaram diretamente interesses comerciais do Azerbaijão. A SOCAR, uma das maiores empresas de energia da região, teve suas operações comprometidas, o que motivou uma resposta diplomática firme de Baku.

Aliyev classificou os bombardeios como “inaceitáveis” e ordenou a alocação de US$ 2 milhões em ajuda humanitária à Ucrânia. A verba será destinada à reconstrução de infraestrutura crítica e ao apoio às vítimas civis dos ataques.

🌍 Repercussão internacional

A condenação do Azerbaijão se soma à crescente pressão internacional contra Moscou. A União Europeia, por exemplo, considerou os ataques como uma tentativa deliberada de causar sofrimento à população ucraniana e está avaliando uma nova rodada de sanções contra o Kremlin.

Enquanto isso, a Rússia intensificou sua ofensiva militar, com mais de 400 ataques registrados em apenas 24 horas na região de Zaporizhzhia, além de bombardeios em Kharkiv que deixaram mortos e feridos. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a pedir sanções mais duras contra os lucros do petróleo russo, que financiam a guerra.

🔍 O que está em jogo

A postura de Aliyev representa uma mudança significativa na diplomacia do Cáucaso, tradicionalmente cautelosa em relação à Rússia. Ao se posicionar ao lado da Ucrânia, o Azerbaijão reforça sua imagem como um ator independente no cenário internacional, mesmo diante de possíveis retaliações econômicas ou políticas.

Além disso, o episódio reacende o debate sobre a segurança das rotas energéticas que cruzam zonas de conflito. A SOCAR, que opera em diversos países, pode rever sua estratégia de distribuição para evitar futuras vulnerabilidades.

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