Em um episódio que mistura política internacional com gestão municipal, o prefeito de Pedro do Rosário, no Maranhão, causou espanto ao justificar o atraso no pagamento de servidores da educação com uma razão inusitada: tarifas impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
💬 A justificativa que virou meme
Domingos Erinaldo Sousa Serra, mais conhecido como Toca Serra (PCdoB), alegou que o aumento de 50% nas tarifas sobre produtos brasileiros exportados aos EUA teria impacto direto nos repasses federais ao município — como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e o Fundeb, que sustentam boa parte da folha de pagamento da educação.
O problema? Pedro do Rosário não exportou absolutamente nada em 2025. Segundo dados oficiais, o município não possui atividade comercial internacional que pudesse ser afetada por medidas tarifárias americanas. A explicação, portanto, parece mais uma tentativa de desviar o foco da crise fiscal local.
📣 Reação dos servidores
O Sindicato dos Trabalhadores da Administração e do Serviço Público Municipal (SINTASPMPR) não poupou críticas. Em nota, classificou a justificativa como “um insulto à inteligência dos trabalhadores” e cobrou responsabilidade da gestão municipal. Para o sindicato, o atraso nos pagamentos é fruto de má administração e falta de planejamento, não de decisões tomadas em Washington.
🧠 Erros e confusões
O comunicado oficial da prefeitura ainda confundiu os termos “importação” e “exportação”, gerando mais dúvidas sobre o entendimento técnico da equipe responsável. Após críticas, a nota foi corrigida, mas o estrago já estava feito — e viralizou nas redes sociais.
📌 Contexto maior
Embora o cenário econômico global possa influenciar a arrecadação nacional, é raro ver prefeitos de pequenos municípios atribuírem diretamente suas dificuldades a decisões de líderes estrangeiros. O caso de Pedro do Rosário levanta questões sobre transparência, responsabilidade fiscal e o uso de justificativas externas para encobrir problemas internos.
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