“Minha filha morreu de graça. Ela não era o alvo daqueles tiros”, declarou Ivaneilde Nascimento, mãe de Iara do Nascimento Silva, de 17 anos, uma das quatro vítimas de uma chacina ocorrida na madrugada de 15 de dezembro de 2013, em uma estrada de Lagoa de Pedras, Rio Grande do Norte, a 50 km de Natal. Iara, que voltava de uma festa no sítio Mandu com amigos, foi assassinada junto com Ruty Lúcia Silva de Azevedo, 19 anos, filha de um cabo da Polícia Militar, Patrício Penha de Souza, 33, e Daniel Mendonça, 23. Todos residiam em Lagoa Salgada, a 5 km do local do crime.
Em entrevista ao G1, Ivaneilde descreveu Iara como uma adolescente reservada, que saía pouco de casa. “Maldita hora que eu deixei ela ir a essa festa”, desabafou. Ela acredita que a filha aceitou uma carona com os rapazes para voltar para casa, estando no “lugar errado na hora errada”. Ruty, amiga de Iara, também estava no grupo. Os corpos foram encontrados dentro de um Fiat Pálio, placa MZG-4609 (Recife-PE), com marcas de disparos.
O Crime e a Investigação
A Polícia Militar foi acionada por volta das 5h30, após o crime, ocorrido às 5h. Os suspeitos, descritos como dois homens em uma motocicleta, fugiram para uma área de mata, e as diligências iniciais não os localizaram. O delegado Everaldo Fonseca, responsável pelo caso na Delegacia de Santo Antônio, ouviu testemunhas da festa e familiares nos dias 16 e 17 de dezembro, mas a motivação do crime ainda era incerta.
Patrício e Daniel, as vítimas masculinas, tinham antecedentes por assaltos e estavam desempregados, segundo Fonseca. “É cedo para ligar isso ao crime”, afirmou. Já Iara e Ruty eram estudantes, sem registros criminais. A chacina abalou as pequenas comunidades de Lagoa de Pedras e Lagoa Salgada, que convivem com o luto e a busca por respostas.
Nossos corações estão com as famílias das vítimas. Este caso reforça a necessidade de combater a violência e garantir justiça para evitar que tragédias como essa se repitam.
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