Um crime chocante abalou o Rio de Janeiro: Jonathan Foudakis de Souza, então com 20 anos, confessou ter participado do estupro de uma turista estrangeira dentro de uma van em movimento, na madrugada do dia 30. Junto a ele, Wallace Aparecido Souza Silva, de 22 anos, também foi preso, enquanto um terceiro suspeito, identificado apenas como Thiago, permanece foragido até hoje, maio de 2025.
O crime começou quando o casal de estrangeiros — uma americana e seu namorado francês, estudantes de português no Brasil — embarcou na van em Copacabana, rumo à Lapa. Em Botafogo, os outros passageiros foram forçados a descer, e o pesadelo durou seis horas, da meia-noite às 6h. O namorado foi algemado, espancado com uma barra de ferro e roubado, enquanto a mulher era violentada. Os criminosos se revezavam entre dirigir e cometer os abusos, percorrendo Copacabana, Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. Eles usaram os cartões das vítimas para saques e compras, chegando a forçar a mulher a buscar mais cartões em seu apartamento. Imagens de câmeras de segurança mostram os suspeitos abastecendo a van em São Gonçalo, com as vítimas ainda sob seu controle.
Uma semana antes, no dia 23, uma brasileira sofreu violência semelhante pelos mesmos suspeitos, também partindo de Copacabana. Ela reconheceu Jonathan e Wallace após a divulgação do caso e confirmou detalhes precisos, como tatuagens e locais do crime, na Delegacia Especial de Apoio ao Turista (Deat). O delegado Alexandre Braga, da Deat, afirmou que os suspeitos responderiam por estupro, roubo qualificado (uso de arma, participação de múltiplos criminosos e privação de liberdade), além de corrupção de menores, já que um adolescente atuava como cobrador da van. As penas poderiam somar até 29 anos.
Jonathan e Wallace, moradores de São Gonçalo sem antecedentes criminais, foram presos em casa após as vítimas os identificarem. Jonathan admitiu o crime, mas apontou Thiago como o principal responsável, enquanto Wallace negou o estupro. Um menor de 14 anos, que trabalhava na van, foi detido dias depois, em abril de 2013. Em agosto do mesmo ano, Jonathan e Wallace foram condenados a 49 anos e 3 meses de prisão cada, por estupro, roubo e extorsão, enquanto um terceiro envolvido, Carlos Armando Costa dos Santos, recebeu 21 anos e 7 meses. A brutalidade do caso, descrito como uma “festa do mal” pela polícia, gerou revolta e levantou questionamentos sobre a segurança no transporte público do Rio, especialmente às vésperas de grandes eventos internacionais.
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