O Ministério Público de Milão abriu uma investigação sobre um episódio perturbador da Guerra da Bósnia: cidadãos italianos teriam participado de um “safári humano” durante o cerco à cidade de Sarajevo, pagando quantias exorbitantes para atirar em civis desarmados a partir das colinas controladas por militares sérvio-bósnios.
💰 Quanto custava participar?
Segundo o jornalista italiano Ezio Gavazzeni, que revelou o caso após anos de apuração, os chamados “turistas de guerra” pagavam entre US$ 92 mil e US$ 116 mil (cerca de R$ 600 mil) para passar um fim de semana armado com fuzis, disparando contra alvos humanos. Crianças eram consideradas “alvos especiais”, com valores ainda mais altos para quem desejasse atirar nelas.
🧠 Quem eram os envolvidos?
- Empresários ricos com gosto por armas e vínculos com círculos de extrema-direita.
- Militares sérvio-bósnios que facilitavam o acesso às áreas de tiro.
- Civis bósnios, incluindo mulheres e crianças, que se tornavam alvos indefesos.
🕵️♂️ Como surgiu a denúncia?
Ezio Gavazzeni ouviu relatos ainda nos anos 1990 e reuniu evidências ao longo das décadas. Em 2025, ele apresentou um documento de 17 páginas à Procuradoria de Milão, que deu início à investigação formal. Grandes veículos internacionais como BBC e DW repercutiram o caso.
🕊️ Contexto histórico
A Guerra da Bósnia (1992–1995) foi marcada por atrocidades, incluindo genocídios e limpeza étnica. O cerco de Sarajevo durou quase quatro anos, com franco-atiradores posicionados nas colinas disparando contra civis que tentavam sobreviver em meio ao conflito.
📌 Conclusão
O caso do “safári humano” reacende debates sobre a banalização da violência em zonas de guerra e a impunidade de estrangeiros que exploram tragédias humanas como entretenimento. A investigação italiana pode abrir caminho para responsabilizações tardias e justiça para as vítimas.
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