Trump Quer Maduro Fora e o Petróleo Dentro

TimeCras
Roberto Farias
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Washington, novembro de 2025 — Nos bastidores da Casa Branca, uma tempestade geopolítica se forma. Segundo apuração do The New York Times, o presidente Donald Trump e sua equipe de segurança nacional estão considerando uma série de ações militares diretas contra o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela. As opções vão desde ataques cirúrgicos a unidades militares que protegem o líder chavista até a tomada de campos petrolíferos estratégicos no país vizinho.

A revelação, feita por fontes próximas ao alto escalão do governo americano, expõe uma escalada de tensões que pode redesenhar o tabuleiro político da América Latina. O plano, ainda em fase de avaliação, inclui a mobilização de forças especiais, bombardeiros e o porta-aviões USS Gerald R. Ford para o Caribe — uma movimentação que, embora oficialmente classificada como “exercício de rotina”, levanta suspeitas sobre intenções mais agressivas.

⚖️ Legalidade sob debate

O ponto mais controverso da estratégia é a tentativa de contornar o Congresso. A equipe jurídica da Casa Branca estaria buscando brechas legais que permitam uma ação militar sem a aprovação legislativa — algo que remete a precedentes como a invasão do Panamá em 1989 ou os bombardeios na Líbia em 2011. No entanto, especialistas alertam para os riscos constitucionais e diplomáticos de uma decisão unilateral.

🛢️ O petróleo como peça-chave

A Venezuela detém as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo. Para os estrategistas americanos, o controle desses recursos seria não apenas uma forma de sufocar economicamente o regime chavista, mas também uma oportunidade de reposicionar os EUA como potência energética dominante na região. A ideia de “proteger os recursos naturais do povo venezuelano” tem sido usada como justificativa moral para a intervenção.

🧩 Divisões internas e hesitação presidencial

Apesar da pressão de conselheiros como o senador Marco Rubio e o estrategista Stephen Miller, Trump estaria hesitante. Segundo fontes, o presidente teme que uma operação fracassada possa prejudicar sua imagem em ano eleitoral e reacender o trauma de intervenções militares mal-sucedidas, como o Iraque e o Afeganistão.

🌎 Reações internacionais e riscos regionais

A possível intervenção já provoca reações. A Rússia, aliada de Maduro, classificou a movimentação americana como “provocação inadmissível”. A China, por sua vez, pediu “respeito à soberania venezuelana”. No Brasil, o Itamaraty adotou tom cauteloso, afirmando que “acompanha com atenção os desdobramentos e defende soluções pacíficas e diplomáticas”.

Especialistas em relações internacionais alertam para o risco de uma nova crise migratória, caso a Venezuela mergulhe em um conflito armado. Milhares de refugiados já cruzaram fronteiras nos últimos anos, e uma ofensiva militar poderia multiplicar esse fluxo.


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