Um problema que virou rotina
Nos últimos meses, milhares de brasileiros têm relatado que vivem sob uma verdadeira invasão de ligações de empresas de crédito consignado. O fenômeno, que já era comum, ganhou intensidade em 2025 e transformou o cotidiano em um verdadeiro inferno para aposentados, pensionistas e servidores públicos — principais alvos desse tipo de oferta.
Como funciona a prática
- Telemarketing agressivo: empresas ligam repetidamente, em horários variados, oferecendo empréstimos consignados com promessas de taxas baixas e liberação rápida.
- Uso de dados pessoais: muitos consumidores relatam que seus números de telefone parecem estar em listas compartilhadas, o que multiplica a quantidade de chamadas.
- Pressão psicológica: em alguns casos, atendentes insistem mesmo após negativas, criando sensação de assédio.
Reação da sociedade
- Consumidores: aposentados e pensionistas afirmam que chegam a receber dezenas de ligações por dia, dificultando até mesmo o uso normal do telefone.
- Órgãos de defesa: o Procon e a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) já abriram investigações contra empresas que abusam do telemarketing.
- Justiça: decisões recentes têm condenado bancos e correspondentes a indenizar clientes por assédio telefônico.
O que diz a lei
- Desde 2022, existe o Cadastro Nacional “Não me Perturbe”, que permite ao consumidor bloquear ligações de telemarketing.
- Em 2025, a Anatel reforçou regras para limitar chamadas automáticas e multou empresas reincidentes.
- Apesar disso, especialistas afirmam que a fiscalização ainda é insuficiente diante da criatividade das empresas em driblar bloqueios.
Impacto social
O excesso de ligações não é apenas um incômodo: ele expõe idosos e pessoas vulneráveis a riscos de endividamento. Muitos acabam aceitando ofertas sem compreender totalmente os termos, o que alimenta o ciclo de dívidas e aumenta a pressão sobre o sistema financeiro.
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