A Conferência do Clima da ONU (COP30), realizada em Belém, entrou para a história não como um marco de avanços, mas como um símbolo de frustração. O encontro, que deveria consolidar compromissos globais para enfrentar a emergência climática, terminou cercado de críticas e com a sensação de que a política internacional falhou diante da ciência.
🔎 Principais pontos do fracasso
- Rascunhos frágeis: Os textos divulgados foram considerados “fracos” e “cheios de furos inaceitáveis” por especialistas e organizações ambientais.
- Combustíveis fósseis ignorados: Não houve menção explícita à redução ou eliminação gradual do petróleo, carvão e gás, apesar de serem os maiores responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa.
- Desmatamento fora da pauta: A Amazônia, palco da conferência, não ganhou protagonismo. Metas claras de combate ao desmatamento ficaram de fora dos documentos.
- Diplomacia frustrada: O Brasil defendia um “mutirão global” para transição energética, apoiado por dezenas de países, mas a proposta foi retirada dos drafts finais.
- Avanços tímidos: Houve promessa de triplicar o financiamento para adaptação e criação de mecanismos de transição justa, mas sem atacar as causas da crise climática.
⚖️ Reação internacional
Organizações como o Observatório do Clima classificaram os resultados como uma “traição à ciência”. Delegações de países vulneráveis ao aquecimento global expressaram indignação, afirmando que o acordo final corre o risco de se tornar irrelevante.
📌 Impacto político
O fracasso da COP30 expõe o impasse histórico das negociações climáticas: avanços em financiamento e adaptação, mas resistência em enfrentar diretamente os combustíveis fósseis. Para Belém, que sediou o evento como vitrine da Amazônia, o desfecho foi simbólico e decepcionante.
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