A tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos ganhou novo capítulo neste domingo, quando o presidente norte-americano Donald Trump fez duras críticas ao governo brasileiro em suas redes sociais. A declaração, publicada no Truth Social, atacou diretamente a construção de uma rodovia na Amazônia para facilitar o acesso à COP30, evento climático da ONU que começa amanhã em Belém (PA).
Trump ironizou o projeto, afirmando que “milhares de árvores foram derrubadas para que ambientalistas pudessem desfilar em SUVs blindados”, e acusou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de “se gabar por devastar a floresta”. A publicação repercutiu internacionalmente, reacendendo o debate sobre infraestrutura e preservação ambiental.
Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na Colômbia durante a cúpula Celac-UE. Sem citar Trump diretamente, Lula condenou “retóricas recicladas que justificam intervenções ilegais” e defendeu que “democracias não combatem o crime violando o direito internacional”. A fala foi interpretada como uma crítica indireta às ações militares recentes dos EUA no Caribe e à pressão sobre a Venezuela.
A COP30, sediada pela primeira vez na Amazônia brasileira, tem como foco central a preservação de biomas tropicais e o financiamento climático para países em desenvolvimento. A construção da rodovia, alvo das críticas, foi defendida pelo governo como necessária para garantir logística e segurança ao evento, que reunirá líderes de mais de 190 países.
A troca de declarações entre os dois presidentes ocorre em um momento delicado, marcado por disputas geopolíticas e pela crescente pressão internacional sobre políticas ambientais. A expectativa é que o tema volte à pauta nos discursos de abertura da conferência.
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