Kiev, 9 de outubro de 2025 — O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou que irá formalmente indicar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Prêmio Nobel da Paz caso ele decida fornecer mísseis Tomahawk à Ucrânia e contribua para um cessar-fogo com a Rússia.
A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa em Kiev, dois dias antes do anúncio oficial do Nobel deste ano. Zelensky afirmou que a entrega dos Tomahawks poderia “fortalecer a posição da Ucrânia nas negociações” e “sobressaltar Moscou”, levando o Kremlin à mesa de diálogo. “Se Trump der ao mundo — e ao povo ucraniano — a chance de alcançar um cessar-fogo, então sim, ele deve ser nomeado para o Prêmio Nobel da Paz. Nós o indicaremos em nome da Ucrânia”, disse o presidente ucraniano.
Trump, por sua vez, tem demonstrado interesse explícito em receber o Nobel. Em declarações recentes, afirmou ter encerrado “sete guerras” e que seria um insulto se não fosse reconhecido pelo comitê norueguês. Apesar disso, especialistas consideram improvável que ele vença a edição de 2025, já que as indicações válidas encerraram em janeiro e sua campanha pública pode ter efeito negativo na escolha.
O envio dos Tomahawks — mísseis de cruzeiro com alcance de até 1.500 km — está sendo avaliado por Washington. Trump declarou que “praticamente tomou uma decisão”, mas quer entender como os armamentos seriam utilizados. A Ucrânia acredita que os mísseis poderiam atingir alvos estratégicos em território russo, inclusive na Sibéria.
A ativista ucraniana Oleksandra Matviichuk, vencedora do Nobel da Paz em 2022, também manifestou apoio à proposta, afirmando que “diante de um agressor, a paz se constrói pela força”.
O Comitê Norueguês do Nobel anunciará o vencedor da edição de 2025 nesta sexta-feira, 10 de outubro. Embora Trump tenha sido indicado por países como Israel, Camboja e Paquistão, essas nomeações só serão válidas para 2026.
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