Brasília, 24 de outubro de 2025 — As declarações recentes dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil) e Gustavo Petro (Colômbia) sobre o narcotráfico no Caribe provocaram forte repercussão internacional. Ambos líderes adotaram uma abordagem crítica à política antidrogas dos Estados Unidos, sugerindo que os traficantes seriam, em parte, vítimas do sistema.
Durante visita à Indonésia, Lula afirmou que os narcotraficantes mortos em operações americanas no Caribe são “vítimas dos usuários”. A fala foi uma resposta à comparação feita por Donald Trump entre cartéis latino-americanos e o grupo terrorista Estado Islâmico. Lula defendeu que o combate às drogas deveria começar pela demanda, e não apenas pela repressão aos fornecedores.
No dia seguinte, Gustavo Petro — aliado político de Lula e defensor da legalização da cocaína — declarou que os indivíduos que transportam drogas pelo Caribe não deveriam ser chamados de “narcotraficantes”, mas sim de “trabalhadores do tráfico”. A fala foi feita durante um evento internacional sobre políticas de drogas, realizado em Bogotá.
🌎 Reações e críticas
As declarações foram criticadas por autoridades americanas e por setores conservadores da América Latina, que acusam os líderes de minimizar crimes ligados ao tráfico. Organizações internacionais alertaram para o risco de enfraquecimento das políticas de combate ao narcotráfico em uma região marcada por violência, corrupção e redes transnacionais de drogas.
Especialistas apontam que, embora o debate sobre descriminalização e políticas públicas seja legítimo, o uso de termos como “vítimas” e “trabalhadores” pode gerar confusão sobre a gravidade das ações cometidas por organizações criminosas.
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