Quanto custa manter a frota dos EUA no Caribe: operação pode superar US$ 6 milhões por dia

TimeCras
Roberto Farias
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A presença militar dos Estados Unidos no Caribe não envolve apenas demonstração de força — ela também representa um dos empreendimentos mais caros da máquina de defesa americana. Segundo informações divulgadas por análises especializadas, manter um porta‑aviões nuclear em operação na região pode custar entre US$ 5 e 6 milhões por dia, valor que inclui logística, manutenção e a operação de dezenas de aeronaves embarcadas.


O cálculo leva em conta a complexidade de um navio desse porte: um porta‑aviões moderno pode deslocar mais de 100 mil toneladas, transportar cerca de 75 aeronaves e abrigar 4.500 tripulantes, todos dependentes de uma estrutura contínua de abastecimento, suporte técnico e segurança. Cada dia de operação envolve desde o funcionamento dos reatores nucleares até o preparo de pilotos, manutenção de caças e reposição de equipamentos essenciais.


A presença de um porta‑aviões costuma vir acompanhada de um grupo de escolta, composto por destróieres, cruzadores e navios de apoio logístico. Embora os custos específicos dessas embarcações variem, especialistas apontam que o valor total da operação pode facilmente ultrapassar os US$ 6 milhões diários, dependendo da intensidade das atividades e do número de meios envolvidos.


O envio de navios de grande porte para o Caribe tem sido recorrente em momentos de tensão regional, especialmente em operações voltadas ao combate ao narcotráfico ou em períodos de instabilidade política em países como a Venezuela. Em 2025, por exemplo, o deslocamento de unidades avançadas como o USS Gerald R. Ford ampliou significativamente o poder militar americano na área, reforçando a estratégia de presença contínua no hemisfério ocidental.


Para analistas, o custo elevado reflete não apenas a dimensão tecnológica da frota, mas também o peso geopolítico que os EUA atribuem ao Caribe. A região é considerada estratégica para rotas marítimas, operações aéreas e monitoramento de atividades ilícitas, além de funcionar como zona de influência direta de Washington.


Mesmo com valores que impressionam, o Pentágono considera essas operações essenciais para manter a capacidade de resposta rápida e projetar poder em um dos corredores marítimos mais movimentados do mundo.


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