Um terremoto de magnitude 6.2 abalou o estado de Zulia, no noroeste da Venezuela, na noite desta quarta-feira, 24 de setembro de 2025, às 18:21 (horário local), deixando a população em alerta e gerando impactos sentidos em várias cidades da região. O epicentro foi registrado a 24 km a leste-nordeste de Mene Grande, no município de Baralt, a uma profundidade rasa de 7,8 km, o que intensificou os efeitos do tremor. Relatos confirmam que o abalo foi sentido em Maracaibo, Cabimas, Ciudad Ojeda e até em Caracas, a mais de 400 km de distância, além de cidades na Colômbia, como Cúcuta, e nas ilhas caribenhas de Aruba e Curaçao.
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o terremoto atingiu intensidade VI na escala Mercalli Modificada, com alguns pontos próximos ao epicentro registrando até VII, indicando tremores capazes de causar danos moderados. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram cenas de pânico em Maracaibo, com moradores evacuando edifícios e objetos caindo em residências e estabelecimentos. Até o momento, não há registros oficiais de vítimas fatais, mas autoridades relatam rachaduras em construções, quedas de energia e interrupções em serviços básicos em áreas próximas ao epicentro.
Réplicas continuaram a atingir a região, com destaque para um tremor de magnitude 4.7 às 18:33, a 37 km de Bachaquero, e eventos menores ao longo da noite. A Fundação Venezuelana de Investigações Sismológicas (Funvisis) confirmou a magnitude de 6.2, ajustando estimativas iniciais que variavam entre 6.1 e 6.3. A localização do terremoto, em uma zona de interação entre as placas tectônicas Sul-Americana e Caribenha, reforça a vulnerabilidade sísmica da região, que já foi palco de tremores significativos, como o de magnitude 7.2 em 2018.
As autoridades venezuelanas ativaram protocolos de emergência e orientam a população a permanecer vigilante, evitando áreas com estruturas comprometidas e seguindo diretrizes de segurança em caso de novas réplicas. A ausência de alerta de tsunami tranquiliza as áreas costeiras, mas a proximidade do epicentro ao Lago Maracaibo, uma região densamente povoada e economicamente estratégica, aumenta a preocupação com os impactos a longo prazo.
O evento reacende o debate sobre a preparação da Venezuela para desastres naturais, em meio a desafios estruturais e econômicos. Equipes de resgate e proteção civil seguem mobilizadas, enquanto a população aguarda atualizações sobre a extensão dos danos e possíveis necessidades de assistência.
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