Um dos nomes mais influentes da política russa desde os anos 1990, Dmitry Kozak, está deixando o alto escalão do Kremlin. Vice-chefe da administração presidencial e aliado histórico de Vladimir Putin, Kozak agora será transferido para um cargo menos estratégico: enviado presidencial ao Distrito Federal Noroeste — uma função considerada simbólica e de baixo impacto político.
🔍 Quem é Dmitry Kozak?
- Advogado de formação, Kozak acompanhou Putin desde os tempos em São Petersburgo.
- Foi peça-chave na estrutura administrativa do Kremlin, atuando em negociações internacionais e na coordenação de políticas internas.
- Em 2022, segundo o New York Times, Kozak se tornou o único alto funcionário russo a se manifestar contra a invasão da Ucrânia.
⚠️ Oposição à guerra e queda de influência
- Kozak teria defendido acordos diplomáticos com Kiev antes da ofensiva militar, propondo uma solução que evitasse o conflito.
- Também sugeriu limitar os poderes das forças de segurança e fortalecer o sistema judiciário — ideias que desagradaram o núcleo duro do Kremlin.
- Desde então, suas funções foram gradualmente esvaziadas e repassadas a Sergei Kiriyenko, figura alinhada à estratégia expansionista russa.
🧠 Reestruturação no Kremlin
- A saída de Kozak ocorre em meio a uma reorganização interna do governo russo.
- Outros nomes estão sendo realocados, como o procurador-geral Igor Krasnov, cotado para assumir a Suprema Corte.
- Analistas apontam que o Kremlin busca consolidar o poder entre figuras leais à linha dura, enquanto afasta vozes moderadas.
🌍 Impacto geopolítico
A saída de Kozak pode sinalizar o fim de qualquer espaço para dissenso interno sobre a guerra na Ucrânia. Sua transferência para um cargo periférico reforça a ideia de que Putin está blindando seu círculo de confiança, especialmente diante das pressões internacionais e da prolongada guerra.
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