Em meio à crescente tensão no Leste Europeu, o presidente da Polônia, Karol Nawrocki, declarou publicamente que seu país deve integrar o programa de compartilhamento nuclear entre aliados ocidentais. A afirmação foi feita em entrevista à mídia francesa, onde Nawrocki destacou que a parceria com a França pode ser decisiva para garantir à Polônia capacidades nucleares civis, energéticas e militares.
O que está em jogo
- Nawrocki defende que a Polônia participe do chamado Nuclear Sharing, iniciativa da OTAN que permite a presença de armas nucleares em países que não possuem arsenal próprio.
- A proposta surge em um momento em que a França, sob liderança de Emmanuel Macron, sinaliza abertura para usar seu arsenal nuclear em defesa da União Europeia, diante da ameaça russa.
- Macron já declarou que a Rússia representa um risco direto à segurança europeia e que o papel dos EUA na OTAN está em transformação.
🧨 Reações e implicações
- O Kremlin classificou a fala de Macron como “contenciosa”, e o chanceler russo Sergei Lavrov afirmou que a retórica francesa é vista como uma ameaça direta.
- A Rússia também denunciou o aumento da presença militar da OTAN perto de suas fronteiras, incluindo o armazenamento de cerca de 100 bombas nucleares táticas em países como Alemanha, Bélgica e Turquia.
🔍 Polônia entre França e EUA
- Embora Nawrocki tenha feito apelos aos Estados Unidos para sediar armas nucleares, a resposta foi negativa. O vice-presidente americano JD Vance afirmou que ficaria “chocado” se Trump aceitasse tal proposta.
- Com isso, a França surge como alternativa estratégica, especialmente diante da proposta de Macron de estender o “guarda-chuva nuclear” francês sobre países do Leste Europeu.
Não deixe de comentar !!!!!!