A manhã de 17 de setembro de 2025 entrou para a história como um marco no combate à corrupção no setor mineral brasileiro. A Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público Federal, a Receita Federal e a Controladoria-Geral da União, deflagrou a Operação Rejeito, que revelou um esquema criminoso envolvendo empresários e servidores públicos ligados à Agência Nacional de Mineração (ANM).
🔍 O que foi descoberto?
A investigação apontou que um grupo empresarial liderado por Alan Cavalcante do Nascimento operava ilegalmente em áreas de preservação ambiental, como a Serra do Curral, em Minas Gerais. Com o apoio de servidores corrompidos, o grupo obteve licenças fraudulentas para explorar minério de ferro em regiões protegidas, ignorando normas ambientais e patrimoniais.
Além de Alan, foram presos:
- Helder Adriano de Freitas – sócio na Mineração Gutesiht, responsável por articular o esquema com órgãos públicos
- João Alberto Paixão Lages – operador financeiro e articulador de documentos falsos
🏛️ Órgãos envolvidos
As investigações revelaram que servidores da ANM, Iphan, FEAM e da Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais recebiam propinas mensais para facilitar processos e acobertar irregularidades. Três servidores já foram afastados por decisão judicial.
🌱 Impactos e prejuízos
A exploração ilegal causou danos ambientais severos, colocando em risco áreas tombadas e comunidades próximas. O lucro estimado do grupo ultrapassa R$ 1,5 bilhão, com projetos em andamento que poderiam render até R$ 18 bilhões. A Justiça determinou o bloqueio de bens e a suspensão das atividades das empresas envolvidas.
⚖️ O que vem pela frente?
A operação reacende o debate sobre a fragilidade da fiscalização no setor mineral e a necessidade urgente de reformar os mecanismos de controle e transparência. A expectativa é que novas ações sejam tomadas para proteger o patrimônio natural e punir os responsáveis.
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