A tensão entre Caracas e Washington acaba de escalar para um novo patamar. Em um pronunciamento transmitido pela TV nacional, o presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em todo o território do país. A medida foi apresentada como uma resposta direta às “ameaças renovadas” dos Estados Unidos, que recentemente dobraram a recompensa pela captura de Maduro para US$ 50 milhões — valor superior ao oferecido por Osama Bin Laden.
Maduro declarou que está ativando um plano especial para garantir a cobertura nacional com milícias “preparadas, ativadas e armadas”. O objetivo, segundo ele, é proteger a soberania da Venezuela diante da crescente pressão militar e política vinda do norte.
🎯 O que está por trás da escalada
A ofensiva americana inclui uma operação antidrogas no Caribe, com presença militar próxima às águas venezuelanas. Autoridades dos EUA acusam Maduro de envolvimento com cartéis como o Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa, alegando que o regime representa uma ameaça à segurança nacional.
Em resposta, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, afirmou que o país está em “alerta permanente” e que suas forças — militares, populares e policiais — estão prontas para defender a liberdade e a independência “até com a própria vida”.
🧭 Implicações regionais
A mobilização em massa de milicianos e o endurecimento do discurso militar venezuelano podem ter reflexos em toda a América Latina. Países vizinhos observam com cautela o aumento da presença militar dos EUA na região e a retórica beligerante de Caracas.
Enquanto isso, o governo venezuelano insiste que não há cartéis operando no país e que as acusações americanas são parte de uma estratégia de desestabilização política. Desde 2012, segundo dados oficiais, mais de 300 aeronaves ligadas ao tráfico foram neutralizadas, e só em 2025, mais de 51 toneladas de drogas foram apreendidas.
Não deixe de comentar !!!!!!