Na última segunda-feira, 14 de julho de 2025, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) suas alegações finais no processo que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus, pertencentes ao chamado "núcleo 1" da suposta trama golpista. A PGR, liderada pelo procurador-geral Paulo Gonet, solicita a condenação dos envolvidos por crimes graves, incluindo tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. As penas máximas para esses crimes podem ultrapassar 30 anos, embora o limite legal no Brasil seja de 40 anos de prisão.
O processo, relatado pelo ministro Alexandre de Moraes na Primeira Turma do STF, ganhou destaque após as investigações sobre os eventos relacionados ao 8 de janeiro de 2023. A PGR argumenta que os réus, incluindo Bolsonaro, teriam atuado de forma coordenada para subverter as instituições democráticas. No entanto, não houve solicitação de prisão preventiva na manifestação recente, ao contrário do que algumas publicações em redes sociais sugeriram. Um pedido anterior de prisão, feito pela vereadora Liana Cristina (PT-PE) em março de 2025, foi arquivado por Moraes em abril, após a PGR considerar que não havia elementos suficientes para justificar a medida.
O próximo passo no processo envolve a apresentação das defesas. O delator Mauro Cid terá 15 dias para submeter sua resposta, seguidos pelos demais réus, incluindo Bolsonaro. A expectativa é que o julgamento ocorra até setembro de 2025, quando os ministros da Primeira Turma decidirão sobre a condenação ou absolvição dos acusados. A decisão dependerá da análise de provas e argumentos apresentados por ambas as partes.
A circulação de informações imprecisas, especialmente em plataformas como o X, tem gerado confusão sobre o caso. Algumas postagens sugeriram que o próprio STF ou a PGR teriam pedido a prisão imediata de Bolsonaro, o que não corresponde aos fatos. O STF atua como julgador, enquanto a PGR é responsável por formular os pedidos de condenação. A recomendação é que o público acompanhe fontes oficiais, como comunicados do STF ou da PGR, para obter informações confiáveis.
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