Na manhã desta quinta-feira (19), a Polícia Federal deflagrou a Operação Miquéias, uma megaoperação que desarticulou duas organizações criminosas atuando no Distrito Federal e em nove estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão, Amazonas e Rondônia. O esquema, que envolveu lavagem de dinheiro e má gestão de recursos de fundos de pensão públicos, resultou em 27 prisões e 75 mandados de busca e apreensão. No Distrito Federal, 14 pessoas foram detidas, incluindo delegados e agentes da Polícia Civil, revelando a gravidade da rede criminosa.
As investigações revelaram um sistema sofisticado de lavagem de dinheiro, operado por empresas de fachada e “laranjas”. Nos últimos 18 meses, mais de R$ 300 milhões foram movimentados ilegalmente, com prejuízos estimados em R$ 50 milhões para os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS). A quadrilha aliciava prefeitos e gestores de fundos de pensão, desviando recursos para investimentos fraudulentos. Segundo a delegada Andréa Pinho, os criminosos agiam com rapidez, abordando prefeitos recém-eleitos antes mesmo de assumirem o cargo, o que demonstra a audácia do grupo.
A operação também apreendeu cinco carros de luxo e uma lancha avaliada em R$ 5 milhões, frutos do dinheiro ilícito. Os envolvidos enfrentarão acusações de gestão fraudulenta, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica. A Polícia Federal continua investigando para identificar outros possíveis membros do esquema, que comprometeu a segurança financeira de aposentados e pensionistas.
Este caso expõe a vulnerabilidade dos fundos de pensão e a necessidade de maior fiscalização sobre a gestão de recursos públicos. A Operação Miquéias é um alerta sobre como a corrupção pode atingir até os sistemas que garantem o futuro de servidores públicos.
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