Criança de 8 Anos Internada com Síndrome do Pânico Após Bullying em Escola de Londrina

Roberto Farias
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Um caso alarmante chocou Londrina, no Paraná, em 2012. Um menino de apenas 8 anos, estudante da terceira série do Colégio Estadual Professor Aloísio Aragão, está internado desde terça-feira, 22 de maio, em um hospital da cidade, diagnosticado com síndrome do pânico. A confirmação veio do hospital no dia 29, revelando uma situação preocupante envolvendo bullying. Segundo a mãe, que preferiu manter a identidade preservada, o garoto sofreu humilhações por parte de colegas e de uma professora, desencadeando graves consequências emocionais.
A mãe relatou que o filho, de 1,46 m e 62 quilos, enfrentou discriminação repetida pela professora, que o chamava de “gordinho” de forma pejorativa. “Ele contou que foi discriminado por várias vezes e ameaçado de morte por dois alunos do quinto ano”, desabafou. Inicialmente, as queixas do menino pareciam rotineiras: ele chegava nervoso, reclamando que a professora escrevia rápido no quadro, dificultando a cópia, algo que outros alunos também notavam. Mas a situação escalou. “Ele chegou em casa com crises de convulsão e disse que a professora torceu o dedo dele, recriminando-o por estar com o dedo na boca, dizendo que ele já era ‘gordinho e não precisava daquilo’”, contou a mãe, indignada.
As ameaças de colegas e as humilhações constantes levaram o menino a crises de desespero. “Ele fica falando o tempo todo que acha que vai morrer. É horrível. Não pode ficar sozinho de jeito nenhum”, descreveu a mãe, expressando revolta e angústia. A internação revelou a gravidade do impacto psicológico, com o diagnóstico de síndrome do pânico, uma condição rara e alarmante para uma criança tão jovem.
O Núcleo Regional de Educação (NRE) abriu uma sindicância para investigar o caso. Ângelita Martins Siqueira, responsável pela ouvidoria, informou que a professora, que nega as acusações, foi afastada durante as apurações. “Estamos ouvindo alunos e testemunhas para esclarecer os fatos”, afirmou. A diretora do colégio, Adriana Regina de Jesus, disse estar preocupada e triste com as denúncias. “Temos um trabalho contra o bullying, e isso nunca havia acontecido. Afastamos a professora e conversamos com os alunos suspeitos das ameaças, mas ainda não há provas”, explicou, aguardando a conclusão da sindicância.
O caso expõe os perigos do bullying e seus efeitos devastadores, especialmente em crianças. A Secretaria da Educação do Paraná disponibiliza contatos dos núcleos regionais para denúncias, reclamações ou sugestões sobre serviços educacionais, incentivando a comunidade a relatar casos semelhantes. Enquanto a família luta pela recuperação do menino, a sociedade cobra medidas eficazes para proteger os estudantes e combater o bullying nas escolas.

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