Em 2012, Diana Cornwell, da Carolina do Norte, EUA, teve sua conta no Facebook bloqueada por três dias após a rede social classificar como "imprópria" uma foto de seu filho de 7 anos, que tem síndrome de Down, participando das Olimpíadas Especiais. Em entrevista à MSNBC, Diana criticou a política de moderação do Facebook, destacando que a marcação equivocada poderia causar danos emocionais graves, especialmente se a criança fosse mais velha. Ela defendeu que a rede social deveria exigir justificativas claras para marcações de fotos e avaliar cada caso antes de tomar medidas.
O Facebook reconheceu o erro em um e-mail enviado ao site, afirmando que a remoção da imagem foi um equívoco e pedindo desculpas pelo transtorno. A empresa incentivou Diana a continuar compartilhando as conquistas de seu filho. Com mais de 901 milhões de usuários e 250 milhões de fotos publicadas diariamente na época, o Facebook enfrentava desafios para moderar conteúdos impróprios, como imagens de pedofilia e violência, mas falhava em casos como o de Diana devido à falta de um atendimento direto ao usuário.
A moderação de conteúdo era terceirizada, realizada por equipes na Índia, Turquia, Filipinas e Paquistão, que lidavam com um volume massivo de imagens, muitas vezes inadequadas. Diana lançou uma petição online, que reuniu quase 20 mil assinaturas, pedindo mudanças no processo de marcação de fotos, com maior análise dos motivos apresentados. No entanto, sua proposta poderia prolongar a permanência de conteúdos ofensivos na plataforma.
Esse não foi o primeiro erro do Facebook. Em dezembro de 2011, a rede removeu a foto de uma mãe amamentando, e em março de 2012, bloqueou a imagem de um casal homossexual se beijando. Em ambos os casos, as fotos foram restauradas após protestos. O caso de Diana expõe a necessidade de políticas de moderação mais transparentes e eficazes. Para mais reflexões sobre tecnologia e inclusão.
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