O julgamento da morte do metalúrgico Edson Edney da Silva, de 26 anos, e do segurança Emerson Heida, de 29, foi concluído nesta sexta-feira (18) no Fórum da Barra Funda, em São Paulo. Apenas um dos quatro policiais acusados foi condenado: o tenente Mauro da Costa Ribas Júnior recebeu uma pena de 32 anos de prisão.
A denúncia do Ministério Público apontava que três soldados e um oficial da Polícia Militar teriam torturado, assassinado e ocultado os corpos das vítimas, mas os jurados decidiram que apenas Ribas Júnior teve envolvimento direto no crime.
O caso ocorreu em setembro de 2010. Silva e Heida desapareceram após serem abordados por policiais na Avenida Atlântica, Zona Sul de São Paulo. Dias depois, seus corpos foram encontrados queimados em Parelheiros. A Corregedoria da PM identificou vestígios de sangue das vítimas no porta-malas do carro da corporação utilizado na ocasião.
As investigações também revelaram um histórico de desavença entre Heida e o tenente condenado. Os dois teriam brigado cinco anos antes do crime durante uma partida de futebol.
Os soldados Christiano Hideki Kamikoga, Wagner Ribeiro Avelino e Rafael Joinhas dos Santos seguem presos no presídio Romão Gomes desde novembro do ano passado, mas não foram condenados. Durante o julgamento, todos alegaram inocência.
O caso reforça debates sobre violência policial e o papel da Justiça na responsabilização por abusos cometidos por agentes públicos.
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