Uma grave acusação marcou o cenário esportivo brasileiro. O jogador Marcelinho Paraíba, então destaque do Sport Club do Recife, foi detido em Campina Grande, Paraíba, sob suspeita de tentativa de estupro durante uma festa em seu sítio, no bairro Nova Brasília. A prisão, que ocorreu na madrugada, também envolveu três amigos do atleta, gerando grande repercussão na mídia e entre os torcedores.
De acordo com o delegado Fernando Zoccola, responsável pelo caso, a vítima, uma mulher de 31 anos, relatou que Marcelinho tentou beijá-la à força, resultando em cortes nos lábios. Exames preliminares confirmaram as lesões, e a mulher foi encaminhada à Unidade de Medicina Legal (UML) para exame de corpo de delito. Zoccola destacou que, com as mudanças no Código Penal Brasileiro, a tentativa de relação forçada, mesmo sem consumação do ato sexual, pode ser enquadrada como estupro, com pena prevista de 6 a 10 anos de prisão.
Marcelinho negou as acusações. Ao ser levado à Central de Polícia, evitou a imprensa, afirmando apenas: “Sou inocente e só falo em juízo”. Ele foi mantido na carceragem da delegacia, com possibilidade de transferência para o Presídio do Serrotão no mesmo dia. Os três amigos detidos junto ao jogador foram indiciados por desacato e resistência à prisão, após supostamente insultarem os policiais militares durante a operação.
Outro ponto investigado foi a alegação de que o irmão da vítima, um delegado de Polícia Civil, teria disparado tiros durante a confusão. Ele negou, e sua arma foi encaminhada para perícia em busca de resíduos de pólvora.
O advogado de Marcelinho, Afonso Vilar, criticou a prisão, classificando-a como exagerada: “Em 20 anos, nunca vi alguém ser preso por causa de um beijo”. Ele anunciou que pediria o relaxamento da prisão assim que o caso fosse distribuído a um juiz.
O Sport Club do Recife, por meio de sua assessoria, informou que acompanhava o caso de perto. O presidente do clube, Gustavo Dubeux, garantiu apoio jurídico, enquanto o advogado do time, Arnaldo Barros, destacou que o incidente era de cunho pessoal, mas o clube estava disposto a oferecer assistência profissional ou financeira, se necessário.
O caso levantou debates sobre a conduta de figuras públicas e a segurança em eventos privados. A investigação foi concluída pela Polícia Civil, mas os desdobramentos judiciais dependeram do andamento do processo no Ministério Público da Paraíba.
Nossos pensamentos estão com todos os envolvidos, em especial com a vítima, enquanto refletimos sobre a importância da justiça e da responsabilidade em casos tão delicados.
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