Em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, Maria de Jesus Oliveira vive um drama há quatro dias: a luta para enterrar seu filho de 19 anos, assassinado com três tiros na sexta-feira, 30 de setembro de 2011. O corpo do jovem foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) na segunda-feira, 3 de outubro, mas permanece dentro do carro de uma funerária devido à falta de uma assinatura na declaração de óbito, documento essencial para o sepultamento.
"Eu só quero enterrar meu filho, meu sofrimento está demais", desabafou Maria de Jesus, em meio à angústia. A mãe já havia organizado a cerimônia, mas as flores preparadas para o funeral agora estão guardadas na cozinha de sua casa, enquanto a família enfrenta entraves burocráticos. Na segunda-feira, o cartório da cidade estava fechado, impedindo a regularização do registro de óbito.
O cemitério de Águas Lindas informou que o sepultamento não pode ser realizado sem a guia de sepultamento, emitida exclusivamente pelo cartório local. O diretor administrativo, Francisco de Assis, explicou que a família chegou ao cemitério apenas na terça-feira, 4 de outubro, às 17h, mas sem o documento necessário. "Seria crime realizar o enterro sem a guia", afirmou, destacando a exigência legal.
O caso expõe as dificuldades enfrentadas pela família em um momento de luto, agravadas por barreiras administrativas. A liberação do corpo pelo IML ocorreu, mas a ausência de uma assinatura na declaração de óbito mantém o jovem insepulto, prolongando a dor de Maria de Jesus e de seus familiares. A situação segue sem resolução, dependendo do funcionamento do cartório e da emissão da guia para que o enterro possa, enfim, ser realizado.
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