Na manhã de sexta-feira, 7 de outubro de 2011, a Polícia Federal deflagrou a Operação Black Ops, resultando na prisão de 13 pessoas suspeitas de integrar um esquema criminoso que unia integrantes da máfia israelense, bicheiros e policiais militares. A ação, realizada em 13 estados e no Distrito Federal, expôs uma rede complexa de corrupção, contrabando e outras atividades ilícitas. Do total de detidos, 10 foram capturados no Rio de Janeiro, incluindo três PMs, e outros três no Espírito Santo. Nove suspeitos ainda estão foragidos.
Segundo o superintendente da PF no Rio, Walmir Oliveira, os policiais militares presos são acusados de dar cobertura às operações da quadrilha. "É uma operação complexa e de grande porte, envolvendo pessoas com alto poder aquisitivo. O grupo importava veículos usados e os vendia como se fossem novos", explicou. A principal atividade da organização era a exploração de máquinas caça-níqueis, mas as investigações também apontam crimes como contrabando de veículos, corrupção e tráfico de drogas. Três concessionárias de automóveis foram fechadas na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Detalhes da Investigação
A Operação Black Ops contou com o suporte de agências de inteligência de Israel, Inglaterra e Estados Unidos. Cerca de 150 servidores da Receita Federal e 500 policiais federais foram mobilizados para cumprir 22 mandados de prisão e 119 de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Os alvos incluíram escritórios de empresas ligadas ao esquema, revendedoras de veículos, comissárias de despacho aduaneiro e residências dos suspeitos, além da apreensão de carros importados irregularmente.
A quadrilha atuava, sobretudo, na importação ilegal de veículos de luxo usados, de diversas marcas e modelos, uma prática vedada pela legislação brasileira, salvo em casos como veículos com mais de 30 anos de fabricação ou recebidos por herança. Em muitos processos, a ausência de fechamento de câmbio indicou que os pagamentos aos exportadores foram feitos por meios ilegais.A Polícia Federal revelou que os membros da máfia israelense pertencem à organização conhecida como "Abergil Family" (Clã Abergil), envolvida em atividades criminosas globais, como agiotagem, prostituição, jogo ilegal e tráfico de drogas. Além das prisões, a operação prevê o bloqueio de bens estimados em R$ 50 milhões, como parte do esforço para desarticular a rede criminosa.
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