Estudante Fica Traumatizada Após Queimadura em Cesariana em Hospital de Cuiabá

Roberto Farias
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Uma experiência traumática marcou a vida da estudante Gilmara Divina Medeiros Santana, de 24 anos, que sofreu uma queimadura na perna esquerda durante uma cirurgia cesariana para o nascimento de seu primeiro filho, Nicolas, em Cuiabá. O incidente, ocorrido no Hospital Geral Universitário (HGU), deixou a jovem abalada e em processo de recuperação em casa, enquanto as causas da lesão ainda são investigadas.
"Estou com trauma do hospital. Quando cheguei lá, senti vontade de chorar", revelou Gilmara em entrevista ao G1. Nesta semana, ela e sua mãe, Marilúcia Medeiros Alves, retornaram ao HGU para uma avaliação médica. Durante horas, foram acompanhadas por profissionais, que sugeriram a internação por três dias para uma consulta com um cirurgião plástico do SUS. "Eles queriam que eu ficasse, mas não volto mais para aquele lugar", desabafou a estudante. Sua mãe complementou: "Não a deixamos lá porque não houve assistência adequada quando estávamos internadas."
Gilmara deu entrada no hospital em 28 de setembro de 2011 e, dois dias depois, passou pela cesariana. Ao voltar para o quarto e com o fim do efeito da anestesia, ela começou a sentir dores intensas na perna esquerda, revelando a queimadura. Diante do ocorrido, a direção do HGU abriu uma sindicância para apurar as causas. O chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, José Meirelles Filho, informou que hipóteses como reação a produtos químicos usados na cirurgia ou lesão por uma placa metálica do bisturi elétrico estão sendo analisadas. "A sindicância vai esclarecer. Vamos ouvir todos que estavam na sala de parto. Suspeitamos do aparelho, que já foi usado em outros procedimentos", explicou o médico.
O HGU realiza, em média, 90 cesarianas e 150 partos normais por mês, segundo Meirelles. Ele garantiu que a unidade está oferecendo suporte à família e acompanhando a cicatrização da ferida. "Estamos prestando toda a assistência especializada para monitorar a recuperação na coxa e investigando o que causou o acidente", afirmou.
Enquanto aguarda respostas, Gilmara busca superar o trauma e encontrar uma solução para o caso, que deixou marcas físicas e emocionais.


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