Intensificação da Crise Síria: Conflito e Reação Internacional

Roberto Farias
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A cidade de Deir Ezzor foi alvo de um violento ataque militar nesta segunda-feira, resultando na morte de pelo menos 42 pessoas. A operação, conduzida pelo exército sírio, envolveu a invasão com tanques e artilharia pesada, assemelhando-se à ofensiva que vitimou cerca de cem civis em Hama na semana anterior.

Além disso, um confronto nas planícies de Houla, próximas a Homs, deixou 17 mortos, enquanto outros oito civis perderam a vida em Idlib, após conflitos ocorridos depois das orações matinais, segundo relatos do ativista Ammar Qurabi.

Moradores de Deir Ezzor descreveram a invasão, destacando que colunas de tanques avançaram pela cidade, desmontando barricadas e ocupando pontos estratégicos, como a praça principal do mercado de Jubaila. Vídeos gravados por residentes mostram atiradores disparando contra multidões reunidas para os funerais das vítimas dos últimos dias.

Conflito e Reação Global

A retomada de Hama pelo regime sírio, no sábado, foi marcada por violentos confrontos que deixaram cerca de 300 mortos. A cidade, conhecida por sua resistência contra Bashar al-Assad, já havia sido alvo de um massacre conduzido pelo pai do presidente, Hafez al-Assad, há 30 anos, quando milhares de opositores foram mortos.

A brutalidade das operações militares levou a condenações internacionais. A ONU manifestou preocupação e pressionou Assad a interromper imediatamente o uso da força contra civis. Mesmo aliados como Rússia e Turquia expressaram críticas, e o primeiro-ministro turco, Recep Erdogan, anunciou o envio do ministro Ahmet Davutoglu a Damasco para reforçar o posicionamento do país contra a repressão.

Por outro lado, o governo sírio rejeita as acusações, alegando que as mortes são provocadas por grupos terroristas. Assad defende que o Estado tem o dever de restaurar a ordem e combater criminosos que ameaçam a segurança da população.

Na tentativa de amenizar as tensões, o regime anunciou eleições legislativas até o fim do ano, garantindo que o novo parlamento terá papel decisivo na estruturação das reformas políticas. No entanto, a oposição segue cética quanto à sinceridade dessas mudanças, enquanto os conflitos continuam a abalar o país.

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