No segundo trimestre de 2011, o mercado global de computadores registrou a venda de 85,2 milhões de unidades, um crescimento de 2,3% em comparação com o mesmo período de 2010, conforme dados da consultoria Gartner. Apesar do aumento, o resultado ficou bem abaixo da projeção inicial de 6,7%, sinalizando uma desaceleração no setor. Segundo Mikako Kitagawa, analista do Gartner, o boom impulsionado por mini-notebooks e laptops de baixo custo, que marcou os últimos quatro anos, deu lugar a uma fase de crescimento mais lento, porém estável, refletindo mudanças no comportamento do consumidor e saturação em alguns mercados.
Na América Latina, o cenário foi mais positivo, com 9,2 milhões de unidades vendidas, representando um salto de 15% em relação ao ano anterior. O Brasil se destacou como motor desse crescimento, com fabricantes locais expandindo sua presença para outros países da região, mesmo enfrentando a pressão de marcas internacionais. No ranking global, a Hewlett-Packard (HP) manteve a liderança com 17,5% de participação de mercado, enquanto a Dell recuperou o segundo lugar, com 12,5%, graças a um forte desempenho na Ásia. A Lenovo, que apresentou o maior crescimento entre os líderes, alcançou a terceira posição com 12% do mercado. Já a Acer, com 10,9%, caiu para o quarto lugar, prejudicada por dificuldades em manter a competitividade de seu modelo de negócios, que priorizava preços baixos e grandes volumes.
O panorama reflete um mercado em transformação, com consumidores cada vez mais exigentes e a ascensão de dispositivos alternativos, como tablets, começando a impactar as vendas tradicionais de PCs. Enquanto o Brasil consolida sua posição como potência regional, as gigantes globais ajustam estratégias para manter relevância em um setor cada vez mais competitivo.
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