Ofensiva Síria em Idlib e Protestos em Alepo Intensificam Conflito Contra o Regime de Assad

Roberto Farias
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Em 2011, a escalada da violência na Síria marcou mais um capítulo da repressão do regime de Bashar al-Assad contra dissidentes e manifestantes pró-democracia. Na província rural de Idlib, cerca de 60 tanques e veículos blindados invadiram vilarejos, segundo Rami Abdel Rahman, do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos. A operação militar, parte de uma campanha para sufocar a oposição, concentrou-se em aldeias como Al-Bara, conhecida por suas ruínas romanas. Tropas sírias abriram fogo intenso, provavelmente para intimidar os moradores e impedi-los de sair de casa, conforme relatou Abdel Rahman. Após a ação em Al-Bara, as forças se dividiram, seguindo para Kafr Nabl e Kansafra, enquanto moradores de Al-Bara, Al-Rami, Mar-Ayan e Kafr Haya fugiam em direção ao sul e oeste.
Na véspera, a repressão em Jabal al-Zawiyah, também em Idlib, deixou dez civis mortos por disparos de soldados, segundo o ativista. Enquanto isso, em Alepo, a segunda maior cidade da Síria, centenas de manifestantes tomaram as ruas exigindo democracia. As forças de segurança responderam com cassetetes para dispersar a multidão, que entoava slogans pela liberdade, conforme informou Abdel Karim Rihawi, presidente da Liga Síria pelos Direitos Humanos. Um grupo no Facebook, essencial para organizar os protestos, convocou manifestações nacionais para o dia seguinte, 1º de julho, apelidado de “A Sexta-feira da Partida (de Assad)”, com mensagens diretas ao presidente: “Não gostamos de você, nem de seu partido.”
Apesar da condenação internacional e apelos de potências ocidentais por moderação, a repressão continuou. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos relatou que, desde março de 2011, 1.353 civis e 343 membros das forças de segurança foram mortos, além de milhares de prisões. A violência em Idlib e Alepo reflete a crescente tensão entre o regime autoritário de Assad e uma oposição que ganha força, unindo-se para pressionar por reformas democráticas.

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