O naufrágio do voo AF 447 da Air France em 2009 desencadeou uma das investigações mais complexas da história da aviação. Como parte desse esforço, o navio francês Ile de Sein foi designado para a operação de busca das caixas-pretas, que poderiam conter informações decisivas sobre o acidente.
A embarcação partiu do porto de Dacar, Senegal, com destino à área onde os destroços foram localizados, a cerca de 1.100 km da costa brasileira. O trabalho dos especialistas foi facilitado pela análise de 15 mil fotos tiradas por robôs submarinos na operação anterior.
A recuperação das caixas-pretas foi feita pelo robô Remora 6000, capaz de manipular equipamentos e cortar a fuselagem do avião. No entanto, havia incertezas sobre se os dispositivos ainda estavam presos à fuselagem ou se haviam sido projetados para longe no impacto. Além disso, os investigadores enfrentaram o desafio de extrair dados após quase dois anos submersos a 3.900 metros de profundidade.
Com uma área de buscas reduzida a 0,12 km², essa fase foi crucial para obter respostas definitivas sobre o acidente. A possível recuperação dos corpos das vítimas foi também considerada, embora a decisão final coubesse à Justiça francesa.
A operação representou um marco na investigação aeronáutica e serviu para reforçar protocolos de segurança aérea.
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