Tragédia em Realengo: Indiciamento por Comércio Ilegal de Armas Amplifica Reflexões sobre Controle de Armas

Roberto Farias
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Em abril de 2011, a sociedade brasileira foi abalada pelo massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Rio de Janeiro, onde Wellington Menezes de Oliveira abriu fogo, deixando um rastro de dor e luto. No desenrolar das investigações, dois homens, Charleston Souza de Lucena, chaveiro de 38 anos, e Izaías de Souza, vigia de 48 anos, foram indiciados por comércio ilegal de arma de fogo, crime que pode levar a até 8 anos de prisão, segundo o delegado Felipe Ettore, da Divisão de Homicídios. A arma calibre 32, usada no ataque, foi negociada pelos suspeitos, que tiveram prisão preventiva decretada na madrugada de 9 de abril.
Ambos expressaram arrependimento ao saberem do uso da arma na tragédia. Izaías, emocionado, relatou ter chorado ao ver as notícias, pensando em sua filha e enteada, alunas de uma escola em Sepetiba. “Se soubesse que era para isso, jamais teria feito o que fiz”, afirmou, reconhecendo alguma responsabilidade, mas negando envolvimento direto no massacre. Charleston, por sua vez, alegou que o atirador disse que a arma seria para sua própria segurança. A polícia revelou que os dois possuem antecedentes criminais: Charleston por agressão, ameaça, desacato, denunciação caluniosa e infrações de trânsito; Izaías por uso de documento falso e ameaça.
O caso reacende o debate sobre o controle de armas no Brasil e a responsabilidade de quem facilita o acesso a armamentos. A tragédia de Realengo não apenas expôs a fragilidade da segurança escolar, mas também destacou a necessidade de políticas mais rigorosas para coibir o comércio ilegal de armas, que alimenta crimes devastadores. Enquanto a Justiça segue seu curso, a sociedade reflete sobre como prevenir que episódios tão trágicos se repitam.

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