Nesta quarta-feira, 19 de agosto de 2009, o senador Flávio Arns (PT-PR) surpreendeu o cenário político ao declarar, no plenário do Conselho de Ética, que buscará a Justiça Eleitoral para justificar sua saída do PT com base em justa causa. Em um discurso carregado de emoção, Arns fez duras críticas à postura do partido, que optou por apoiar o arquivamento das denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética. Ele expressou profundo constrangimento por fazer parte de uma legenda que, segundo ele, abandonou princípios éticos em favor de alianças políticas. "Estou envergonhado, e essa é uma sensação mais forte do que tristeza ou raiva", desabafou, apontando a decisão como um desrespeito aos ideais que o levaram ao PT.
O movimento de Arns veio logo após a senadora Marina Silva (AC) anunciar, no mesmo dia, sua saída do PT, sinalizando uma debandada de figuras influentes dentro da legenda. Marina, que planeja disputar a Presidência da República em 2010 pelo PV, também citou divergências ideológicas como motivo, reforçando a crise interna no partido. A decisão de Arns reflete insatisfação com a orientação da cúpula petista, que teria priorizado acordos com o PMDB em detrimento de uma investigação transparente sobre as acusações contra Sarney, incluindo nepotismo e atos secretos. O senador paranaense indicou que sua saída não está ligada a ambições eleitorais, mas sim a um conflito de valores, deixando o futuro de sua filiação e mandato em aberto enquanto aguarda a decisão judicial.
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