Nesta terça-feira, 11 de agosto de 2009, a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, reforçou sua versão em um depoimento que agitou o cenário político brasileiro. Ela insistiu que se encontrou com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, em um encontro reservado no gabinete da ministra, onde teria recebido um pedido para acelerar a investigação fiscal envolvendo Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Com tom firme, Lina declarou: “Não vejo nada de mais a ministra dizer a verdade, né? Eu estive com ela no gabinete dela (...) e ela esteve comigo em conversa particular e pediu pra que eu agilizasse a fiscalização do filho de Sarney”. A declaração reacendeu tensões, especialmente porque Dilma nega categoricamente a existência de tal reunião, colocando as duas em lados opostos de uma narrativa que levanta questões sobre transparência e influência política.
O caso ganhou força após Lina ter sido afastada do cargo em julho daquele ano, alimentando especulações sobre os motivos por trás de sua exoneração. Ela descreveu o diálogo como breve, sugerindo que o pedido foi uma tentativa de dar celeridade ao processo, embora tenha deixado claro que não sentiu pressão para encerrar a apuração. A falta de registros oficiais do encontro, como agendas ou testemunhas diretas, intensifica o impasse, com opositores exigindo mais provas e a base governista questionando a credibilidade da ex-secretária. O episódio, inserido no contexto de alianças políticas entre PT e PMDB, expõe um embate que vai além de um simples desentendimento, sugerindo possíveis pressões para proteger figuras influentes como Sarney, cujas empresas estavam sob escrutínio. Enquanto o debate segue, a verdade sobre o que foi dito no tal encontro permanece envolta em controvérsia.
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