O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, se reuniu nesta segunda-feira (3) com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), para discutir os desdobramentos da megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou na morte de 121 pessoas — a mais letal da história do estado.
🗓️ Reunião a portas fechadas no CICC
O encontro ocorreu no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no centro do Rio, e contou com a presença da cúpula da segurança pública do estado, incluindo os secretários de Segurança Pública, Polícia Civil e Polícia Militar, além do procurador-geral do estado. Moraes chegou de helicóptero e não houve pronunciamento oficial após a reunião, que durou cerca de duas horas e meia.
📋 STF exige relatório detalhado
Como relator da ADPF 635 — conhecida como “ADPF das Favelas” — Moraes determinou que o governo estadual apresente um relatório completo com 18 pontos de esclarecimento. Entre os itens exigidos estão:
- Justificativa formal para a operação;
- Número de agentes envolvidos;
- Forças atuantes e armamentos utilizados;
- Detalhamento das mortes, feridos e prisões;
- Preservação de provas e perícias.
🛡️ Defesa do governo estadual
Durante a reunião, Cláudio Castro defendeu a legalidade da operação e apresentou dados que, segundo ele, comprovam a necessidade da ação para conter o avanço do Comando Vermelho em áreas estratégicas da capital. O governador argumentou que a operação foi planejada com base em inteligência e que os confrontos ocorreram diante de forte resistência armada por parte dos criminosos.
🧭 Próximos passos
Além da reunião com Castro, Moraes também se encontrou com o prefeito Eduardo Paes, representantes do Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Justiça do Rio. O STF deve analisar os documentos enviados pelo governo fluminense e poderá determinar novas medidas para garantir o cumprimento das diretrizes da ADPF das Favelas, que busca reduzir a letalidade das operações policiais em comunidades.
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