Em uma declaração contundente, o ministro israelense dos Assuntos da Diáspora, Michai Chikli, afirmou que Washington deveria reconsiderar sua aliança com a Turquia, classificando o país como uma “ditadura afiliada à Irmandade Muçulmana” e acusando-o de promover propaganda antissemita. Segundo Chikli, metade da oposição política turca está presa, o que, em sua visão, evidencia o caráter autoritário do governo de Recep Tayyip Erdoğan.
A fala foi divulgada em meio a tensões diplomáticas entre Israel e Turquia, que têm se intensificado nos últimos anos, especialmente após episódios envolvendo apoio turco a grupos como o Hamas e aproximações com lideranças da Irmandade Muçulmana. Chikli defende que os Estados Unidos devem rever o papel da Turquia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), alegando que o país não compartilha dos valores democráticos que fundamentam a aliança.
🌍 Contexto geopolítico
A Turquia é membro da OTAN desde 1952, sendo considerada uma peça estratégica na região euroasiática. No entanto, sua política externa nos últimos anos tem gerado atritos com aliados ocidentais, especialmente após o endurecimento do regime de Erdoğan, repressão a opositores e aproximação com regimes autoritários.
A Irmandade Muçulmana, citada por Chikli, é uma organização islâmica fundada no Egito em 1928, com presença em diversos países e frequentemente associada a movimentos políticos e religiosos conservadores. A Turquia tem sido acusada por críticos de oferecer abrigo e apoio a figuras ligadas à Irmandade, o que alimenta suspeitas sobre sua agenda ideológica.
🧭 Repercussões
A declaração de Chikli pode intensificar o debate sobre o papel da Turquia na OTAN e sua relação com o Ocidente. Até o momento, Washington não se pronunciou oficialmente sobre o comentário do ministro israelense, mas analistas apontam que a fala reflete uma crescente preocupação entre aliados sobre o alinhamento político e ideológico de Ancara.
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