Um dos maiores escândalos da história recente da Previdência brasileira veio à tona com a deflagração da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal. No centro das investigações está Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, acusado de integrar um esquema bilionário de corrupção que drenava recursos públicos e prejudicava milhões de beneficiários.
Segundo a PF, Stefanutto recebia mensalmente R$ 250 mil em propinas para facilitar fraudes em descontos indevidos aplicados a aposentadorias e pensões. O dinheiro era repassado por meio de empresas de fachada ligadas à Conafer — uma confederação que, sob o disfarce de representar agricultores familiares, movimentava mais de R$ 700 milhões em receitas ilícitas.
📉 O esquema funcionava com uma precisão assustadora: convênios fraudulentos eram firmados com o INSS, permitindo que a Conafer aplicasse descontos automáticos nos benefícios dos segurados. Em troca, Stefanutto e outros servidores recebiam pagamentos regulares, registrados em planilhas com codinomes como “Italiano”, “Herói A” e “Herói V”.
🧾 A investigação revelou que até uma pizzaria foi usada como fachada para lavar dinheiro. A prisão de Stefanutto foi autorizada pelo ministro André Mendonça, do STF, após a descoberta de provas contundentes de que ele usava sua posição para proteger e expandir o esquema.
Este caso escancara a fragilidade dos sistemas de controle da Previdência Social e levanta um alerta sobre a necessidade urgente de reformar os mecanismos de fiscalização de convênios com entidades privadas.
.jpg)

Não deixe de comentar !