A fronteira entre Brasil e Venezuela voltou a ser palco de tensão e violência. Em um episódio recente, a Polícia Militar de Roraima enfrentou um grupo de narcoterroristas que cruzaram a BR-174 em três veículos, desobedecendo ordens de parada e iniciando uma troca de tiros com os agentes brasileiros. O confronto terminou com a fuga dos criminosos para o território venezuelano, evidenciando os desafios enfrentados pelas forças de segurança na região.
Esse tipo de ação não é isolado. A área de Pacaraima, por sua localização estratégica e fiscalização limitada, tem sido usada como rota por organizações criminosas envolvidas com tráfico de drogas, armas e combustível. A presença de grupos armados transnacionais, que operam com rapidez e violência, exige uma resposta coordenada entre os países e reforço na inteligência policial.
Além da ameaça direta à segurança pública, esses confrontos revelam a fragilidade das fronteiras brasileiras diante do crime organizado. A ausência de barreiras físicas, aliada à instabilidade política e econômica da Venezuela, cria um ambiente propício para atividades ilícitas. A atuação da PM, mesmo diante de riscos extremos, mostra o comprometimento das forças locais com a proteção da população e a defesa da soberania nacional.
É urgente que políticas públicas de segurança sejam fortalecidas, com investimentos em tecnologia, cooperação internacional e presença constante do Estado. A fronteira não pode ser terra de ninguém — precisa ser território de lei.
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