Na madrugada desta sexta-feira (17), um ataque a tiros em Irajá, Zona Norte do Rio de Janeiro, deixou dois moradores de rua mortos e um terceiro gravemente ferido. A Polícia Civil avançou nas investigações ao longo do dia, identificando três suspeitos ligados a grupos de “justiceiros” locais. O crime é tratado como possível homicídio motivado por aporofobia — preconceito contra pessoas em situação de pobreza — e está sob análise da Delegacia de Homicídios (DH).
Cronologia dos fatos
- 2h15 – Disparos de pistolas 9mm são ouvidos nas proximidades de pontos de ônibus em Irajá. Um grupo de cinco pessoas dormia ao relento quando foi surpreendido por atiradores em motocicletas.
- 2h35 – Policiais militares isolam a área após denúncia. Dois corpos são encontrados no local.
- 3h – A vítima ferida, um homem de 38 anos, é levada ao Hospital Estadual Carlos Chagas para cirurgia de emergência. Seu estado evolui para estável, mas permanece crítico.
- 9h – Peritos da DH recolhem munições e imagens de câmeras de segurança, confirmando a fuga dos criminosos em motos com placas parcialmente visíveis.
- 12h – Suspeitos são identificados por reconhecimento facial. Mandados de prisão estão em andamento.
- 14h – Uma operação especial mobiliza 50 agentes na região. Não há registro de novos confrontos.
Perfil das vítimas
Vítima | Idade | Ocupação | Situação Atualizada |
---|---|---|---|
Homem 1 | 52 | Catador de recicláveis | Morto no local; corpo liberado para a família |
Mulher | 41 | Vendedora ambulante | Morta no local; velório marcado para sábado |
Homem | 38 | Lavador informal | Estável após cirurgia; depoimento previsto |
As vítimas não tinham antecedentes criminais e foram identificadas por familiares. O caso ganhou repercussão após relatos de moradores sobre um “intenso tiroteio” na área, inicialmente confundido com disputas entre facções, mas confirmado como ataque direcionado.
Declarações oficiais
- Polícia Civil (PC-RJ): “Três suspeitos, entre 20 e 25 anos, foram identificados e estão com mandados de prisão expedidos. A ligação com grupos autodenominados ‘justiceiros’ é apurada, motivados por preconceito contra população vulnerável”, afirmou o delegado-chefe da DH em coletiva às 13h.
- Ministério dos Direitos Humanos: “Reforçamos a classificação como crime de ódio. Apoiaremos as famílias e cobraremos celeridade na prisão dos responsáveis.”
- Testemunha (anônima): “Ouvi gritos de ‘limpem a rua!’ antes dos tiros. Esses senhores eram quietos, só queriam sobreviver.”
A investigação aponta aporofobia como motivação principal, alinhada a outros quatro incidentes similares registrados em 2025 na Zona Norte. Não há indícios de envolvimento das vítimas com facções criminosas, diferentemente de tiroteios paralelos reportados na região, como o confronto entre TCP e CV no Morro do Fubá na mesma madrugada.
Contexto e impacto
Irajá, bairro marcado por disputas territoriais, registrou o ataque em meio a uma onda de violência urbana. Plataformas como “Onde Tem Tiroteio?” alertaram para disparos isolados, mas o foco agora é no ataque direcionado. Famílias das vítimas pedem maior patrulhamento e programas de proteção social.
Atualização em tempo real: Prisões podem ocorrer ainda hoje. Para denúncias anônimas, ligue 197 (PC-RJ).
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