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A manhã desta sexta-feira, 12 de setembro de 2025, marcou um dos episódios mais impactantes da investigação sobre fraudes no INSS. Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, foi preso pela Polícia Federal em São Paulo, acusado de liderar um esquema bilionário que desviava recursos de aposentadorias e pensões por meio de descontos indevidos.
Apesar de nunca ter ocupado cargo público, Antunes mantinha influência direta sobre decisões dentro do INSS, operando através de associações que usavam procurações para acessar a folha de pagamento de beneficiários. Seu nome circulava nos bastidores de Brasília como um lobista discreto, mas extremamente eficaz — até que as investigações revelaram movimentações financeiras incompatíveis com sua renda declarada.
A operação que levou à sua prisão é um desdobramento da “Operação Sem Desconto” e contou com mandados de busca e apreensão em diversos estados. A CPI do INSS, que já havia aprovado a quebra de seus sigilos bancário e fiscal, agora se prepara para ouvi-lo na próxima segunda-feira, em uma sessão que promete ser explosiva.
Com patrimônio milionário, empresas em nome de familiares e até registros em paraísos fiscais, Antunes é acusado de lavagem de dinheiro, ocultação de bens e obstrução de investigações. A prisão dele representa um avanço significativo no combate à corrupção dentro da Previdência Social e levanta questionamentos sobre a fragilidade dos mecanismos de controle do INSS.
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