O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou o tom nas relações comerciais com a China ao anunciar que pretende impor uma tarifa de 200% sobre produtos chineses caso o país não assegure o fornecimento de ímãs de terras raras — componentes essenciais para setores estratégicos como tecnologia, energia e defesa.
Esses ímãs, produzidos a partir de elementos químicos como neodímio, disprósio e samário, são fundamentais para o funcionamento de motores de carros elétricos, turbinas eólicas, smartphones, equipamentos médicos e sistemas militares. A China é responsável por cerca de 90% da produção global desses materiais, o que a torna peça central na cadeia de suprimentos mundial.
A declaração de Trump ocorre em meio a crescentes tensões geopolíticas e à preocupação dos EUA com sua dependência de insumos críticos chineses. Recentemente, Pequim anunciou restrições à exportação de minerais estratégicos, o que acendeu alertas em Washington sobre vulnerabilidades na indústria nacional.
Analistas apontam que uma tarifa tão agressiva pode desencadear uma nova onda de retaliações comerciais, com impactos diretos nos mercados globais. Países como o Brasil, que possuem reservas de terras raras ainda pouco exploradas, podem se beneficiar da reconfiguração dessa cadeia, desde que invistam em infraestrutura e tecnologia de extração.
A disputa entre Washington e Pequim não é apenas comercial — é uma corrida por autonomia tecnológica e influência global em um cenário cada vez mais polarizado.
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