Peru denuncia violação aérea pela Colômbia

Brasília, 9 de agosto de 2025 — A tensão diplomática entre Peru e Colômbia ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira, após o Ministério da Defesa do Peru confirmar que uma aeronave da Força Aérea Colombiana violou o espaço aéreo peruano nas proximidades da Ilha Chinería — território que se tornou foco de disputa entre os dois países.

📍 O incidente

Segundo autoridades peruanas, o avião militar colombiano cruzou a fronteira sem autorização, realizando manobras de reconhecimento sobre a região fluvial da Ilha Chinería. O governo peruano classificou o ato como uma “grave violação da soberania nacional” e convocou o embaixador colombiano para prestar esclarecimentos.

🌊 A Ilha Chinería: novo epicentro geopolítico

Localizada em uma zona estratégica entre os rios Putumayo e Amazonas, a Ilha Chinería tem sido alvo de reivindicações territoriais desde que imagens de satélite revelaram movimentações militares e estruturas temporárias na área. Embora historicamente sob jurisdição peruana, a Colômbia passou a contestar a posse da ilha após alegações de ocupação irregular.

🛡️ Reação do Peru

O governo da presidente Dina Boluarte anunciou reforço na presença militar na região e acelerou o plano de modernização das Forças Armadas, incluindo a aquisição de 24 caças de última geração — entre eles o Gripen E, o Rafale F4 e o F-16V Block 70. A medida visa aumentar a capacidade de dissuasão e proteger áreas sensíveis da fronteira.

🤝 Cooperação em xeque

O episódio ocorre poucos meses após o Exercício Amazonas II, que reuniu militares do Brasil, Peru e Colômbia para treinar interceptações aéreas e controle de tráfegos ilícitos. A violação aérea coloca em dúvida a eficácia dos protocolos de cooperação estabelecidos durante o treinamento.

🌐 Impacto regional

Especialistas alertam que a escalada pode afetar a estabilidade na tríplice fronteira amazônica, tradicionalmente marcada por esforços conjuntos contra o narcotráfico e crimes transnacionais. A Organização dos Estados Americanos (OEA) já sinalizou interesse em mediar o impasse.