Golden Dome: Pentágono Confirma Violação do Tratado do Espaço Exterior

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Roberto Farias
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O projeto Golden Dome, anunciado pelo governo dos Estados Unidos como um sistema de defesa antimísseis de última geração, está gerando forte repercussão internacional. Com previsão de conclusão até janeiro de 2029 e orçamento estimado em US$ 175 bilhões, o sistema foi oficialmente confirmado pelo Pentágono como contendo uma camada espacial de interceptação — o que pode violar diretamente o Tratado do Espaço Exterior de 1967.

🛰️ O Que é o Golden Dome?

O Golden Dome é um escudo de defesa em quatro camadas:

  • Camada espacial: satélites com sensores e interceptadores para detectar e neutralizar mísseis na fase de impulso.
  • Camadas terrestres: sistemas como THAAD, Aegis e Patriot, além de novos radares e lançadores comuns para interceptadores atuais e futuros.

Segundo o Pentágono, o sistema será capaz de interceptar mísseis lançados de qualquer parte do mundo — inclusive do espaço.

⚖️ Violação do Tratado do Espaço Exterior

O Tratado do Espaço Exterior proíbe a colocação de armas de destruição em massa no espaço e defende o uso pacífico do ambiente espacial. Embora o Golden Dome não envolva armas nucleares, sua capacidade ofensiva e de interceptação espacial levanta sérias preocupações.

A China se manifestou oficialmente, afirmando que o projeto representa uma ameaça à estabilidade estratégica global e pode transformar o espaço em uma zona de guerra. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, declarou que o sistema “coloca a segurança absoluta dos EUA acima de tudo” e “viola o princípio da segurança compartilhada entre as nações”.

🌐 Implicações Geopolíticas

A revelação do projeto reacende tensões entre potências militares e pode desencadear uma nova corrida armamentista espacial. Especialistas alertam que a militarização do espaço compromete décadas de esforços diplomáticos para manter o cosmos como território neutro e pacífico.

Além disso, o projeto revive memórias da retirada unilateral dos EUA do Tratado de Mísseis Antibalísticos (ABM) em 2002, que já havia gerado desequilíbrio estratégico entre Washington e Moscou.

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