O governo de Donald Trump está avaliando a possibilidade de fornecer mísseis de cruzeiro JASSM (Joint Air-to-Surface Standoff Missile) à Ucrânia, uma decisão que pode marcar uma nova fase no apoio militar dos Estados Unidos ao país em meio ao conflito com a Rússia. Segundo a revista *Military Watch*, esses mísseis, compatíveis com caças F-16, têm capacidades impressionantes: a versão padrão possui alcance de aproximadamente 370 km, enquanto a variante JASSM-ER (Extended Range) pode atingir alvos a até 1.000 km de distância. Essa capacidade permitiria à Ucrânia realizar ataques precisos de longo alcance, potencialmente alterando a dinâmica do conflito.
Detalhes do JASSM e Seu Papel Estratégico
Os mísseis JASSM, fabricados pela Lockheed Martin, são armas de alta precisão projetadas para atingir alvos estratégicos, como bunkers, centros de comando e infraestruturas críticas, com baixa detectabilidade por radares. A versão JASSM-ER, em particular, oferece à Ucrânia a possibilidade de atacar alvos em profundidade no território controlado pela Rússia, o que representa uma escalada significativa no apoio ocidental. Fontes como *Axios* e *Pravda EN* indicam que o anúncio de um novo pacote de assistência militar, incluindo esses mísseis, pode ocorrer em 14 de julho de 2025, embora a decisão final ainda esteja pendente.
A integração dos JASSM aos caças F-16, que a Ucrânia começou a receber recentemente, ampliaria o poder de fogo de Kiev, permitindo ataques a alvos distantes sem expor as aeronaves a sistemas de defesa aérea inimigos. No entanto, o fornecimento dessas armas também levanta preocupações sobre a escalada do conflito, especialmente considerando as tensões geopolíticas já elevadas.
Reações e Implicações Geopolíticas
A Rússia tem reagido com veemência à possibilidade de fornecimento de armas de longo alcance à Ucrânia. Autoridades russas argumentam que a entrega de mísseis como o JASSM intensificaria o conflito, dificultando negociações de paz e aumentando o risco de retaliações. Além disso, analistas apontam que o uso de tais armas por forças ucranianas poderia atingir alvos estratégicos em território russo, o que poderia levar a uma resposta militar mais agressiva de Moscou.
Por outro lado, defensores do apoio militar à Ucrânia, incluindo setores do governo dos EUA e aliados da OTAN, argumentam que fortalecer as capacidades defensivas e ofensivas de Kiev é essencial para conter a agressão russa e proteger a soberania ucraniana. O debate sobre o fornecimento dos JASSM reflete o delicado equilíbrio entre apoiar a Ucrânia e evitar uma escalada que poderia arrastar potências ocidentais para um confronto direto com a Rússia.
Contexto e Desafios
A possível inclusão dos mísseis JASSM em um pacote de ajuda militar ocorre em um momento em que a Ucrânia enfrenta desafios significativos no campo de batalha, incluindo a necessidade de contrabalançar a superioridade aérea e de mísseis da Rússia. Além disso, a logística para integrar e operar esses mísseis requer treinamento avançado e infraestrutura adequada, o que pode representar um obstáculo para as forças ucranianas.
Enquanto a administração Trump avalia essa decisão, o cenário internacional observa com atenção. A escolha de fornecer ou não os JASSM não apenas impactará o curso do conflito na Ucrânia, mas também definirá o tom da política externa dos EUA em relação à Rússia e à OTAN nos próximos anos.
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