Em 18 de julho de 2025, o Brasil acordou com uma notícia que intensificou ainda mais a polarização política: a Polícia Federal (PF) realizou uma operação de busca e apreensão na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, no Jardim Botânico, em Brasília, e no escritório do Partido Liberal (PL). Autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e conduzida sob ordens do ministro Alexandre de Moraes, a ação também impôs medidas drásticas ao ex-presidente, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de acessar redes sociais e restrições de contato com outros investigados, incluindo seu filho, Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA.
A operação é parte do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Bolsonaro é réu por crimes graves, como organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, com penas que podem ultrapassar 40 anos de prisão. Durante as buscas, a PF apreendeu celulares, documentos e um computador, conforme relatado pelo líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante. A suspeita é de que o ex-presidente planejava uma fuga terrestre, já que seu passaporte foi confiscado pelo STF, impedindo-o de deixar o país por via aérea.
O contexto da operação é explosivo. Bolsonaro, inelegível até 2030 por decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enfrenta outras investigações, como a falsificação de cartões de vacinação e a apropriação de joias sauditas. Aliados do ex-presidente, como Cavalcante, reagiram com indignação, sugerindo que a ação pode ser uma resposta às recentes tarifas de 50% impostas por Donald Trump ao Brasil. Enquanto isso, o STF acelera o julgamento do caso para evitar impactos nas eleições de 2026, mantendo o país em um clima de tensão política.
Essa nova ofensiva da PF contra Bolsonaro reacende debates sobre justiça, perseguição política e o futuro da democracia brasileira. O caso promete manter o ex-presidente no centro das atenções, com desdobramentos que podem redefinir o cenário político nacional.
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